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Incidência de câncer dobrou em 30 anos diz resultado de pesquisa britânica

As taxas de câncer de mama e pulmão duplicaram no mundo nos últimos 30 anos, de acordo com um relatório da Pesquisa do Câncer da Grã-Bretanha realizada recentemente. O relatório atribui o crescimento ao fato de um número maior de pessoas estar vivendo mais tempo e o câncer ser uma doença que costuma afetar pessoas idosas.
    
Mas hábitos como fumar e ter uma dieta alimentar inadequada também tiveram um impacto significativo nas estatísticas. Desde 1975, a população mundial aumentou de 4 bilhões para 6,3 bilhões. A proporção da população global com 60 anos ou mais é de 10%, mas prevê-se que essa proporção aumente para 20% em 2050, diz a Pesquisa do Câncer da Grã-Bretanha.
    
Os tipos de câncer mais comuns observados nesse relatório são o câncer de mama e o de pulmão. O mais diagnosticado atualmente é o de pulmão, com a identificação de cerca de 1,4 milhão de novos casos a cada ano. Menos de 600 mil casos foram diagnosticados em 1975, e o aumento da incidência é atribuído ao tabagismo. Prevê-se um aumento de casos nos próximos 20 anos em regiões onde houve um crescimento do tabagismo, como a África Oriental, a América Central e o Sudeste Asiático.
     
Na América do Sul, 12% dos casos de câncer diagnosticados foram de mama; 10% de próstata; 9% de estômago e 8% cervical (segundo estimativas de 2002). A incidência de câncer no estômago, que era o tipo mais comum de câncer em 1975, está caindo devido a um aprimoramento nos padrões de higiene e preservação de alimentos. Segundo os pesquisadores estas estatísticas “mostram que o câncer ainda é essencialmente um grande mal no mundo desenvolvido”. Apenas 4% das mortes na África se devem ao câncer, em comparação a 19% na Europa.
    
Embora estes dados mostrem um aumento persistente no número de pessoas no mundo diagnosticadas com câncer, desenvolver e aprimorar novos tratamentos vai continuar a melhorar as chances de sobreviver à doença revela a pesquisa. O câncer hoje se constitui a segunda causa de morte por doença, no Brasil. Em todas as regiões, as neoplasias são a segunda causa de morte por doença, ficando atrás, apenas, das doenças do aparelho circulatório.
    
Segundo a última análise estatística da década, foram consumidos cerca de 160 bilhões de cigarros/ano. Nossos registros de saúde são falhos, mas nos últimos 30 anos houve pelo menos um milhão de óbitos relacionados com o fumo: 410 mil mortes por doenças cardiovasculares, 300 mil mortes por câncer de pulmão e 380 mil mortes por doença outras como enfisema, enfarte, derrames, acidentes vasculares cerebrais e outros tipos de cânceres como os de bexiga, pâncreas, esôfago e laringe, também atribuíveis ao fumo.
    
Para muita gente, parar de fumar é extremamente difícil. Pesquisas mostram que 85% dos tabagistas querem deixar de fumar e não conseguem. Mas deve-se pensar em todos os benefícios que isso irá trazer, como saúde, bem estar, economia, além de evitar o incômodo e a doença dos indivíduos próximos que não fumam.
    
Fumar vicia orgânica e psicologicamente. Para quebrar o hábito de fumar, pode ser necessário fazer alguma forma de tratamento que elimine a dependência física e psicológica da nicotina.
    
Vários tratamentos têm sido sugeridos. Um deles é o uso de grupos de apoio. Se houver interesse, mas dificuldade em largar o vício, o ideal é procurar um médico.
    
Da Assessoria de Imprensa do Cremepe.
Com Informações da Comunicativa.
Jornalista: Keila Vasconcelos.