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Médico ameaça greve por melhores salários

Os mil profissionais da área, que atuam em postos e hospitais municipais, reivindicam 50% de reajuste salarial desde abril. Sem sucesso nas negociações, devem votar amanhã proposta de paralisação
    
Os médicos que atuam nos postos, policlínicas e hospitais da Prefeitura da Cidade do Recife (PCR) podem entrar em greve nos próximos dias se não houver acordo com o governo municipal sobre reajuste de salário e melhores condições de trabalho. Assembléia geral da classe está marcada para as 19h de amanhã e o presidente do sindicato, André Longo, avisa que, sem avanço nas negociações, haverá pelo menos um dia de paralisação.

“Estamos sentindo disposição da categoria para parar por tempo indeterminado”, disse, ontem. Segundo ele, o movimento conta com a participação dos médicos do Programa Saúde da Família (PSF), que também estão lutando por melhores salários.
    
Longo explica que a insatisfação é com a demora das negociações. “Entregamos a pauta em abril e só houve duas reuniões, a segunda na semana passada, depois que fizemos uma cobrança”, explicou. Os médicos querem 50% de reajuste, para ter equiparação com a rede estadual.
    
Na Prefeitura do Recife, um médico diarista, com jornada de 20 horas semanais, recebe no início de carreira R$ 870. No Estado, o valor é R$ 1.260. Conforme o sindicato, o piso estipulado pela PCR é um dos menores mínimos pagos à categoria no País.
    
Mesmo com gratificação por plantão de 24 horas (R$ 320) semanais e produtividade (em média R$ 200), o salário chega, no máximo, a pouco mais de R$ 1.300. No Estado, a gratificação por plantão é de cerca de R$ 600. Na prefeitura trabalham mil médicos aproximadamente.
    
Há cerca de dois anos, a PCR corrigiu o salário-base dos profissionais, que chegava a ser inferior a um salário mínimo na época. Foi implantado também o Plano de Cargos e Carreira. Mas, segundo o sindicato, como o salário-base ainda está defasado, a progressão de carreira tem gerado R$ 10 a R$ 30 de acréscimo.
    
Os médicos que atuam nas mais de 200 equipes do Programa Saúde da Família (PSF) recebem pouco mais de R$ 4 mil e pedem reajuste em torno de 25%. Eles têm contrato temporário.
    
A Secretaria de Saúde do Recife informa que vem mantendo negociações com o sindicato e que uma nova reunião deverá ser realizada hoje ou amanhã. Explica que a pauta encaminhada pela categoria está sendo analisada.
    
Da Assessoria de Imprensa do Cremepe.
Com Informações do Jornal do Commercio.
Editoria: Cidades