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Residentes protestam contra a falta de condições de trabalho

Profissionais denunciam a falta materiais e medicamentos para o atendimento dos pacientes

huocOs residentes dos três hospitais da Universidade Federal de Pernambuco (UPE) cruzam os braços nesta quarta-feira (22) em protesto contra a falta de condições de trabalho e atendimento à população nas unidades de saúde. Cerca de 280 profissionais de medicina, nutrição, odontologia, enfermagem, entre outras áreas da saúde, que atuam no Hospital Universitário Osvaldo Cruz (HUOC), Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam) e Pronto-Socorro Cardiológico Universitário Prof. Luiz Tavares (Procape) se reuniram em frente ao HUOC, no bairro de Santo Amaro, de onde saíram em passeata em direção ao Palácio do Campo das Princesas, sede do Governo.

Munidos de faixas e cartazes, os residentes denunciam que esta é uma crise antiga e criticam a atenção dada pelo governo aos hospitais. “Os recursos emergenciais liberados pela Secretaria de Saúde, 4,9 milhões no repassasse Federal do PIS, são insuficientes para o hospital. É necessário o investimento permanente do Governo Estadual. Além da falta de medicamentos, o Hospital tem problemas sérios de infraestrutura, com pavilhões fechados, pichados e alagamentos”, explica o representante da Associação dos Médicos Residentes de Pernambuco.

“É constante a falta de abastecimento, não apenas de medicamentos de tratamento quimioterápicos, mas de outros materiais básicos como agulhas, siringas, materiais cirúrgicos e antibióticos, que são necessários para qualquer tipo de paciente internado nas unidades”, conta a residente de clínica médica do Osvaldo Cruz Thaiza Rodrigues, que destacou a possibilidade de greve. “Hoje [22] estamos paralisando, mas, caso não seja dada uma resposta em relação a situação, cogitamos a possibilidade de entrar em greve”, completa. Procurada, a UPE não ainda não se pronunciou sobre a paralisação dos residentes.

Segundo os residentes, os setores de quimioterapia e enfermaria atendem, porém as demais áreas estão com os serviços suspensos. Nessa terça-feira (21), a direção do Hospital Universitário Osvaldo Cruz anunciou a compra de medicamentos quimioterápicos, que devem abastecer o estoque em 60% e durar entre quatro e seis semanas.

No início da manifestação, os residente fizeram um minuto de silêncio em homenagem ao mastologista Antônio Figueira, falecido na última segunda-feira (20).

Fonte: JC Online (Verônica Almeida)