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No Recife, pesquisa inédita investiga efeitos da microcefalia no cérebro

Foto: Reprodução/TV Globo

Foto: Reprodução/TV Globo

Uma pesquisa inédita realizada por médicos de quatro centros de atendimento a crianças com microcefalia no Recife tem investigado as alterações no cérebro provocadas pela malformação associada ao vírus zika. Quinze cientistas da Fundação Altino Ventura (FAV), da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) e dos hospitais Oswaldo Cruz e Agamenon Magalhães examinaram 38 bebês. Os resultados do estudo serão publicados por uma revista científica internacional nos próximos dias.

Além de problemas na visão, audição, locomoção e aprendizado, outras consequências foram verificadas pelos estudiosos, que constataram graus variados da doença conforme o paciente. “O que a gente vê é que tem crianças muito graves e outras menos afetadas. Acho que essas mais comprometidas têm uma irritabilidade muito grande. São crianças que choram muito. Algumas têm crises convulsivas precoces. Já tem outras que são mais tranquilas, conseguem ter uma interação com o ambiente”, detalha a neuropediatra Vanessa Van Der Linden.

Para a pesquisadora, o estudo vai ajudar muitos pacientes e contribuir para o surgimento de novas formas de tratamento e diagnóstico. “Quando você tem uma experiência, você pode escrever isso e pode transmitir esse conhecimento para a comunidade científica de uma maneira geral, principalmente uma doença como essa que é um caso de saúde pública”, acredita.

Outra pesquisadora, a infectologista Regina Coeli, destaca o pioneirismo do estudo. “Como se trata de um evento novo de uma doença em surgimento, haja vista não ter tido nenhuma publicação anterior relacionada com o zika vírus e alterações congênitas, esse trabalho se mostra bem detalhado em relação a este âmbito”, defende.