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Cerca de 60 representantes das Comissões Estaduais de Revisão do Código de Ética Médica da Região Nordeste participaram nesta terça-feira (25) de um amplo debate em Recife (PE). O grupo fez a análise de dezenas de propostas encaminhadas por profissionais e entidades locais que propõem ajustes no texto mais complexo e amplo que trata do exercício ético da medicina no País.

O Encontro Regional Nordeste é o primeiro de uma série de três que tem o mesmo objetivo. Juntos, os delegados estaduais e a Comissão Nacional de Revisão do Código de Ética Médica fazem a triagem das propostas apresentadas.

Aquelas que passarem pelo crivo serão submetidas a uma segunda análise, desta vez na esfera nacional. O trabalho de seleção nas regiões continuará nos próximos meses. Em novembro, em São Paulo (SP), acontecerá o Encontro Regional Sul-Sudeste. Em dezembro, em Brasília (DF), será a vez do Encontro Regional Norte-Centro-Oeste.

Na mesa de abertura, os delegados foram saudados pelos representantes das principais entidades médicas locais – a corregedora do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), Silvia da Costa Carvalho; o presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Tadeu Henrique Pimentel Calheiros; a presidente da Associação Médica de Pernambuco (AMP), Helena Maria Carneiro Leão; e Jane Lemos, da Academia Pernambucana de Medicina (APM). O grupo também foi acolhido pelo presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Carlos Vital Tavares Corrêa Lima.

Todos, de forma harmônica, ressaltaram a relevância do trabalho em curso, o qual permitirá uma maior sintonia entre o Código de Ética Médica e os mais recentes avanços científicos e tecnológicos, assim como com as mudanças nas relações sociais, econômicas e jurídicas. Os representantes das entidades também destacaram o aspecto democrático do processo, no qual os médicos têm sido reiteradamente convidados a participar e contribuir.

Na sequência, os participantes acompanharam a conferência do presidente do CFM, que apresentou um rápido diagnóstico da situação da saúde no Brasil, a partir de aspectos como indicadores de execução financeira e epidemiológicos, assim como de problemas em sua infraestrutura (falta de leitos e de equipamentos em postos de saúde). Contudo, Carlos Vital, ressaltou que apesar desses fatores adversos “o povo reconhece o mérito na rotina da prática médica, visualiza a perícia, a diligência, a prudência, a humildade e a compaixão nos esforços profissionais dispendidos”.

Segundo relatou, pesquisa do CFM, realizada pelo Instituto Datafolha, coloca os médicos como a categoria que conta com o maior grau de credibilidade e confiança junto à população. Essa é percepção de 26% dos entrevistados.

“Assim, com essa percepção, o cidadão brasileiro ao externar a sua confiança na integridade e resolubilidade do médico, nas circunstâncias das suas condições de trabalho, fez justiça ao seu desempenho em um mister, que encerra em si, o exercício da cidadania em tempo integral e no mais elevado patamar da consciência”, ressaltou o presidente do CFM.