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O que aprendemos antes de nascer

cartaz 2 curso de deliberaçãoCom esse sugestivo título, João Guilherme Bezerra Alves proferiu palestra em 26 de abril na APM. Antecedendo a fala do acadêmico, o presidente Gentil Porto comentou o vasto currículo do palestrante que inclui além do curso de Medicina, mestrado e doutorado, é diretor do IMIP e vice-presidente do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco. “João Guilherme prefere a luz suave dos bastidores, porém sem se omitir dos refletores da ribalta”.

O palestrante dedicou a apresentação ao fundador da APM, professor Fernando Figueira, ícone da Medicina em Pernambuco, que afirmava: “O primeiro pediatra é o obstetra”. Dando rumo à sua fala, asseverou que entre outras patologias, a arteriosclerose começa na infância, se manifesta na vida adulta e até na vida fetal, o que motivou a publicação de “Doenças do adulto surgidas na infância” e “Prevenção de doenças na infância”, livros escritos com Fernando Figueira e “Prevenção de doenças do adulto na infância e na adolescência”, em parceria com a professora Magda Carneiro Sampaio.

João Guilherme detalhou o ambiente intrauterino, espaço sensível à sonoridade, luminosidade, odor e sabores com os quais a mãe se alimenta. Assim, os recém-nascidos já sabem o gosto, conhecem os rostos, as vozes expressões de si e dos que os rodeia. Falou do aprendizado e estímulos recebidos através do tempo; audição, estímulo da voz materna na memória auditiva, entre a trigésima quinta e trigésima sétima semana de gestação falou dos estímulos tátil no afago do abdômen que podem influir no futuro temperamento fácil ou difícil da criança e adulto, questões ligadas ao mau humor dos filhos, citou casos de mães que não afagam a barriga, do estímulo da voz aliado ao toque e que transmite tranquilidade.

Comentou a percepção do recém-nascido dos sabores básicos; salgado, azedo e amargo, tema estudado, inclusive pela indústria alimentícia. Acrescentou que estudos realizados no IMIP sobre sabores e outras respostas incluíram os bebês prematuros. Destacou que a ingestão de alimentos pelas gestantes e transmitidos pelo líquido amniótico e deu exemplo de comidas à base de alho, que serão bem aceitas pelos bebês. Fez referência aos capítulos de “O que aprendemos antes de nascer”, seu novo livro, que será lançado no segundo semestre deste ano.

Finalizando, revelou que situações pós-traumá- ticas sofridas pela mãe grávida, se refletem, mais tarde, na vida do bebê, bem como casos de patologias cardiovasculares, metabólicas (diabetes, obesidade), alergias, doenças autoimunes e inflamató- rias, osteoporose e neoplasias que são originárias da vida fetal.

Ao final da palestra, fizeram o uso da palavra, Fernando Cavalcanti, Cláudio Pina Moreira, Carmem Chaves, Gilda Kelner e Aurélio Molina, Fátima Militão e Luís Maurício da Silva.