Médicos residentes de Pernambuco suspenderam os serviços na quinta-feira (24.09), em adesão ao Movimento Nacional pela Valorização da Residência Médica. O objetivo da mobilização é chamar a atenção para os problemas relacionados à falta de condições de ensino na residência médica. Serão mantidos apenas os serviços de urgência e emergência. Em Recife, além da paralisação de 24 horas, a categoria fará um ato público em frente ao Memorial de Medicina de Pernambuco, às 10h, logo após, seguirão em caminhada pela Av. Agamenon Magalhães até o Hospital da Restauração, local escolhido para um abraço simbólico a saúde.
Os médicos residentes defendem as seguintes pautas e objetivos:
- Aumento da representação das entidades médicas na composição da CNRM e fim da câmara recursal;
- Fiscalização imediata de todos os programas de residência do país para garantir a qualidade destes, antes da abertura de novas vagas. A fiscalização deverá ser realizada por médico de especialidade correspondente ao programa e representante dos médicos residentes;
- Revisão completa do texto do Decreto nº 8.497 de 4 de agosto de 2015 para garantir que a Residência Médica permanece como padrão ouro de formação de especialistas;
- Levantamento dos cortes orçamentários e suspensão destes em todos os serviços (hospitais, unidades básicas de saúde, etc.) em que atuam médicos residentes;
- Plano de carreira e de valorização para os Médicos Preceptores, com inclusão de remuneração adequada, desenvolvimento continuado e tempo exclusivo para atividades didáticas;
- Plano de carreira nacional para médicos do SUS com garantia de remuneração adequada, progressão de carreira, desenvolvimento profissional e educação continuada;
- Fim imediato da carência de 10 meses para que médicos residentes possam usufruir de seus direitos junto ao INSS;
- Cumprimento da legislação vigente sobre residência médica com a garantia do auxílio moradia;
- Isonomia da Bolsa de Residência Médica com bolsas oferecidas por outros programas de ensino médico em serviço do Governo Federal como PROVAB e Mais Médicos. A complementação deverá ser realizada com recursos dos Ministérios da Educação e Saúde para não onerar as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde.