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Negros sofrem mais infarto que brancos

Pernambuco ainda é um Estado cheio de desigualdades, sejam elas raciais, de gênero ou regionais. Na saúde, o cenário não é muito diferente. Morrem mais pretos e pardos de infarto do miocárdio do que brancos. Enquanto no primeiro grupo o índice é de 64,1%, no segundo é 35,5%. A estatística de óbitos decorrentes de acidente vascular cerebral (AVC) também é elevada entre a população negra. Estas e outras informações integram o primeiro perfil epidemiológico com recorte étnico racial do Estado. O material foi divulgado, ontem, pela Secretaria Estadual de Saúde (SES).

A violência também é vivenciada de forma mais intensa por esse grupo populacional. Do total de homicídios registrados em 2010, 92,1% das vítimas eram pretas ou pardas. Os dados da pesquisa foram colhidos, entre 2008 e 2010, com base no sistema de informação da SES. Analisou-se desde o atendimento pré-natal até as causas de óbito entre a população pernambucana, dando o enfoque racial.

“Com essa precisão é possível traçar políticas de saúde específicas para a população negra. Sabemos que ela padece de vários problemas no nascer, viver e morrer, por isso o perfil vai nos ajudar a qualificar e melhorar o padrão de assistência”, explica a coordenadora de atenção à saúde da população negra da SES, Miranete Arruda.

Durante o evento, os participantes reforçaram a importância do preenchimento do quesito racial nas fichas de entrada dos pacientes atendidos nas unidades de saúde. “Se a anemia falciforme (doença genética e hereditária que acomete, principalmente, a população negra) for diagnosticada precocemente, através do teste do pezinho, é possível evitar futuras sequelas”, exemplifica Miranete, mostrando uma das formas de como o perfil poderá ajudar na elaboração das políticas públicas.

No Estado, a cada 1.200 recém-nascidos, um tem a doença falciforme. “O profissional de saúde deve orientar o paciente sobre a importância de preencher a lacuna informando a etnia, porque ainda é elevada a taxa de pacientes não declarados”, destaca o médico sanitarista Romildo Assunção, que fez o levantamento com a equipe da Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde.

Segundo o perfil, a elevada taxa de mortalidade da população negra é justificada pelas condições sociais na qual grande parcela das pessoas está inserida. “Condições de moradia, uso inadequado de medicamento, baixa escolaridade materna. Todos esse fatores deixam a população mais vulnerável ao adoecimento”, afirma Miranete.

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Privado: Negros sofrem mais infarto que brancos

Pernambuco ainda é um Estado cheio de desigualdades, sejam elas raciais, de gênero ou regionais. Na saúde, o cenário não é muito diferente. Morrem mais pretos e pardos de infarto do miocárdio do que brancos. Enquanto no primeiro grupo o índice é de 64,1%, no segundo é 35,5%. A estatística de óbitos decorrentes de acidente vascular cerebral (AVC) também é elevada entre a população negra. Estas e outras informações integram o primeiro perfil epidemiológico com recorte étnico racial do Estado. O material foi divulgado, ontem, pela Secretaria Estadual de Saúde (SES).

A violência também é vivenciada de forma mais intensa por esse grupo populacional. Do total de homicídios registrados em 2010, 92,1% das vítimas eram pretas ou pardas. Os dados da pesquisa foram colhidos, entre 2008 e 2010, com base no sistema de informação da SES. Analisou-se desde o atendimento pré-natal até as causas de óbito entre a população pernambucana, dando o enfoque racial.

“Com essa precisão é possível traçar políticas de saúde específicas para a população negra. Sabemos que ela padece de vários problemas no nascer, viver e morrer, por isso o perfil vai nos ajudar a qualificar e melhorar o padrão de assistência”, explica a coordenadora de atenção à saúde da população negra da SES, Miranete Arruda.

Durante o evento, os participantes reforçaram a importância do preenchimento do quesito racial nas fichas de entrada dos pacientes atendidos nas unidades de saúde. “Se a anemia falciforme (doença genética e hereditária que acomete, principalmente, a população negra) for diagnosticada precocemente, através do teste do pezinho, é possível evitar futuras sequelas”, exemplifica Miranete, mostrando uma das formas de como o perfil poderá ajudar na elaboração das políticas públicas.

No Estado, a cada 1.200 recém-nascidos, um tem a doença falciforme. “O profissional de saúde deve orientar o paciente sobre a importância de preencher a lacuna informando a etnia, porque ainda é elevada a taxa de pacientes não declarados”, destaca o médico sanitarista Romildo Assunção, que fez o levantamento com a equipe da Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde.

Segundo o perfil, a elevada taxa de mortalidade da população negra é justificada pelas condições sociais na qual grande parcela das pessoas está inserida. “Condições de moradia, uso inadequado de medicamento, baixa escolaridade materna. Todos esse fatores deixam a população mais vulnerável ao adoecimento”, afirma Miranete.