O Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) participou nesta segunda-feira (08) do Seminário Humanização do Parto e Violência Obstétrica. O encontro, promovido pela Escola Superior do Ministério Público de Pernambuco (ESMP), ocorreu no Auditório Desembargador Nelson Santiago Reis do Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, no Recife, e contou com a presença dos conselheiros Luiza Menezes e Olímpio Moraes Filho. “É de suma importância esse seminário para esclarecer que as entidades médicas e as sociedades de Medicina não são contrárias à assistência multiprofissional do parto e nascimento”, explicou Menezes. Sobre o parto em casa, prática que vem ganhando mais adeptos, o conselheiro Olímpio Moraes esclareceu: “tanto o Conselho Federal de Medicina (CFM) quanto a Febrasgo não recomendam o parto domiciliar, embora essa seja uma decisão da paciente que precisa ser respeitada”. E completou: “defendemos, entretanto, um aumento do número de centros de partos no âmbito hospitalar”.
O evento contou com a participação do Comitê Estadual de Estudo da Mortalidade Materna de Pernambuco (CEEMM-PE). O comitê expôs sobre a formação dos profissionais de saúde e seu impacto na ocorrência das práticas de violência obstétrica. A mesa redonda foi mediada pela coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da UFPE, Sandra Valongueiro.
No período da tarde, a programação seguiu com a apresentação do projeto institucional Humanização do Parto e Nascimento e mesa redonda que abordou a atuação do MPPE em relação ao tema, com apresentação da promotora Maísa de Oliveira. Ao final, a médica Síntia Nascimento fez relatos de experiências de sucesso de humanização no SUS.
