PEDIATRIA Flávio Rubem Accioly Campos, 85 anos, faleceu na tarde de ontem. Ele era uma referência na área de atuação. Velório está marcado para a manhã de hoje, no Imip
O pediatra Flávio Rubem Accioly Campos, um dos sócio-fundadores do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), morreu na tarde de ontem, aos 85 anos. Flávio Campos já estava em tratamento médico e, de acordo com diagnósticos preliminares, o médico sofreu uma embolia pulmonar. Ele era o último dos sócio-fundadores do instituto, junto ao grupo liderado pelo professor Fernando Figueira.
O funeral do médico Flávio Campos acontece hoje, às 16h, no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife. O velório será no Imip, pela manhã.
“Meu pai, além de um grande amigo, foi meu professor, um mestre em todos os sentidos, científico e espiritual”, disse o também pediatra Fernando Campos, um dos quatro filhos, três homens e uma mulher, de Flávio Campos, que era viúvo havia 8 anos. Ele era tio do ex-governador Eduardo Campos, morto em acidente aéreo em agosto do ano passado.
Flávio Campos se formou em 1953 e especializou-se em pediatria no Rio de Janeiro. Quando voltou para o Recife, criou a unidade neonatal do Hospital Barão de Lucena.
O médico foi professor adjunto da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e chefe do setor materno-infantil. Em 1960, ele colaborou com a fundação do Imip.
O atual presidente do Imip, Gilliatt Falbo, lamentou o fim de uma geração de fundadores do instituto. “É uma perda muito grande, porque significa que todos aqueles que tiveram o ideal de fundar o Imip já não estão mais entre nós e aumenta nossa responsabilidade”, citou, em referência à segunda geração de médicos que agora trabalha no hospital. “Estamos nos preparando para a terceira geração”, completou.
“Ele era uma referência para todos que abraçam a pediatria e a neonatalogia”, disse o secretário da Casa Civil de Pernambuco, Antonio Figueira. “Ele se destacou pelo rigor científico. É uma grande perda para a pediatria pernambucana, pois ele era um dos maiores do nosso século”, destacou o secretário.