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Entidades fazem vistoria de emergência na Barros Lima

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Foto: Simepe

A maternidade Professor Barros Lima, em Casa Amarela, poderia entrar em colapso. Essa era a preocupação das entidades médicas de Pernambuco na manhã da quinta-feira (06/08). O presidente do Conselho Regional de Medicina (Cremepe) e a secretária geral do Sindicado dos Médicos (Simepe), Sílvio Rodrigues e Cláudia Beatriz, respectivamente, realizaram uma vistoria de emergência na maternidade. Eles avaliaram a estrutura e  constataram “in loco” a superlotação.

Nos sete leitos de pré-parto haviam 24 pacientes internadas, sendo 21 puérperas e três gestantes em macas nos corredores e até em cadeiras. Das três salas de parto, duas estavam servindo como enfermaria e uma funcionava para partogramas ou partos, além de ter pacientes até na sala de medicações. Sobre a escala de plantão, o número de obstetras e pediatras estava completo, porém só tinha um anestesista no plantão, realidade que se repete há cerca de sete meses.

Segundo a direção da maternidade, o problema de superlotação da unidade ocorreu por conta da falta de gerenciamento da rede materno-infantil do Recife. Além das unidades de saúde de outros municípios encaminharem todo tipo de procedimento, inclusive de baixo risco, para a capital, as outras duas maternidades do município estão com o atendimento restrito. A maternidade do Ibura não tem obstetra e a Bandeira Filho só tinha um profissional de plantão. “A situação é inadmissível porque há médicos do último concurso, ainda vigente, para serem chamados”, disse Rodrigues.

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No momento que as entidades realizavam a fiscalização na maternidade, representantes da Secretaria de Saúde do Recife (SES) chegaram ao local para avaliar a situação e tomar decisões conjuntas. Foi pactuado que a triagem ficaria restrita para demanda espontânea e a Central de Regulação de Leitos não encaminharia as pacientes até a maternidade organizar os leitos.