Cada clínico atende de 70 a 80 pacientes por plantão na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Imbiribeira. Pessoas que vem de Recife, Jaboatão e até Paulista. São trazidos por Bombeiros, Polícia, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e demanda espontânea. A realidade não é exclusiva da localidade, mas foi o que motivou a reunião com o presidente do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) na tarde desta segunda-feira (25/01) na sede da entidade, no Espinheiro.
Segundo os profissionais, com a crise que o país enfrenta o número de pessoas que trabalhavam no administrativo diminuiu, a segurança foi dispensada e no final do ano passado (2015) faltaram insumos na unidade. O que ocorre hoje é além da falta de qualquer segurança, só há uma ambulância disponível e os profissionais estão sobrecarregados. “Não temos tempo para ir ao repouso ou sequer ir ao banheiro por conta da quantidade de pacientes esperando atendimento”, explicou uma das plantonistas da UPA.
Atualmente a escala de plantão é de 4 clínicos, 2 pediatras e um ortopedistas de dia e 2 clínicos, 2 pediatras e um ortopedistas a noite. Entretanto, os médicos precisam se dividir entre sala vermelha, amarela, atender os casos com a ficha verde e transferências. Eles alegam que falta um profissional para a classificação de risco/triagem e equipamentos como respirador para o transporte do paciente.
“A primeira medida que faremos é convocar uma reunião com a Secretaria de Saúde do Estado (SES), coordenações das UPAs e serviços de referência para discutir o fluxo dos pacientes”, indicou Sílvio Rodrigues, presidente do Cremepe. Ele ainda lembrou que já está em andamento a resolução Nº 11/2014 que os plantonistas de urgência e emergência dos hospitais públicos e privados, não podem se ausentar dos plantões desfalcando-os para a realização de transporte de pacientes.
