O uso indevido de esteroides anabolizantes androgênicos tem crescido muito nos últimos anos. Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, 1 em cada 16 estudantes já usou anabolizantes, e entre frequentadores de academias de ginástica, 8% a 55% utilizam essas substâncias. Quando não utilizados para fins terapêuticos, como: deficiência de testosterona ou para tratamento de pacientes com imunodeficiência adquirida, com o objetivo de aumentar a massa magra, podem provocar disfunção endotelial, distúrbio da coagulação, favorecendo a chance de infarto do miocárdio, tromboembolismo pulmonar, elevação da pressão arterial, câncer de fígado e até mesmo, a morte. Pois são utilizados em doses supra fisiológicas.
O aumento da incidência de usuários dessas substâncias, tem suscitado grande preocupação pelas sociedades de medicina e pelos órgãos governamentais. No Estado de Pernambuco, a Lei nº 14.640, de 24 de abril de 2012, obriga as academias de ginástica, clubes e centros esportivos, farmácias e estabelecimentos similares a exibir em suas dependências, nos locais de trânsito e permanência de alunos e frequentadores, placas de advertência sobre o uso inadequado de suplementos alimentares, com os seguintes termos: O USO DE SUPLEMENTOS ALIMENTARES SEM ACOMPANHAMENTO DE MÉDICO OU NUTRICIONISTA PODE CAUSAR PREJUÍZOS Á SAÚDE. CONSULTE SEMPRE UM MÉDICO OU NUTRICIONISTA ANTES DE USAR SUPLEMENTOS ALIMENTARES.
Anualmente é divulgada uma lista de substâncias proibitivas relacionadas ao esporte pela World Anti-Doping Agency (WADA), que pode ser acessada através do link: http://list.wada-ama.org/ ou baixar pelo aplicativo WADA
* Tereza Cristina Barbosa Lins é representante da Câmara técnica de Medicina Esportiva do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco