A Comissão de Ações Sociais do Conselho Federal de Medicina (CFM) planeja duas atividades para dar continuidade ao trabalho de resgate e de prevenção ao desaparecimento de crianças e adolescentes no Brasil. Em reunião nesta terça-feira, dia 24 de janeiro, em Brasília, os integrantes planejaram os encontros do semestre e avaliaram as atividades do grupo no ano de 2016.
No dia 16 de março, a Comissão organizará uma panfletagem no Rio de Janeiro, na praia de Copacabana. A atividade contará com o apoio da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e das entidades do estado como o Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) e a Sociedade de Pediatria do RJ (Soperj). “Queremos atingir um público grande para chamar atenção da mídia e da própria população para esta problemática”, explicou o membro da Comissão de Ações Sociais, Ricardo Paiva.
Um dos objetivos da ação é divulgar medidas de prevenção e a Lei Federal nº 11.259/2005, conhecida como “Lei da busca imediata” que prevê a busca imediata pela criança a partir da ocorrência policial. “Os brasileiros têm um mito de que é necessário aguardar 24 horas para fazer a denúncia. Este tempo é crucial para encontrar uma criança desaparecida”, alertou Paiva.
O segundo evento organizado pela Comissão do CFM será um Painel de Debates sobre Crianças Desaparecidas no dia 25 de maio, Dia Internacional da Criança Desaparecida, em Florianópolis (SC). A atividade será desenvolvida em conjunto com o International Centre for Missing & Exploited Children (ICMEC), organização não governamental destinada a localizar crianças desaparecidas e exploradas no mundo inteiro.
A Campanha do CFM tem destacado números alarmantes: no Brasil, são registrados em média 50 mil casos de desaparecimento de crianças e adolescentes por ano.O estado de São Paulo detém 25% desse número, representando o maior índice, seguido do Rio de Janeiro e dos estados do Nordeste. Estima-se ainda que quase 250 mil menores estejam desaparecidos no país.