A escala de médicos está completa. Esta foi a primeira constatação da fiscalização realizada no Hospital Municipal Maria Veneri na tarde da última segunda-feira (11/09), no município de Trindade, sertão do Araripe. A vistoria realizada pelo Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) foi demandada pelo Ministério Público do Estado afim de identificar a situação estrutural e de insumos da unidade.
Com um médico no plantão da emergência e outros fazendo ambulatório, o hospital atende emergência, clínica médica e faz parto apenas no período expulsivo. Os partos programados estão sendo transferidos para o Hospital Santa Maria de Araripina a partir de um convênio com a rede cegonha que garante o nascimento das crianças de Trindade e Ipubi. De uma maneira geral, o hospital está bem estruturado, com pequenas infiltrações, mas leitos adequados para o atendimento.
O médico da emergência atende uma média de 60 pacientes por dia, não faltam medicamentos, os exames laboratoriais são realizados apenas de dia e a unidade possui cinco ambulâncias. Ao todo, são 28 leitos, sendo 18 de internação e 10 para observação de pacientes. Não faltam insumos básicos.
Entretanto, os vínculos dos funcionários são frágeis e sem garantias legais. Além disso, os exames de imagens ainda estão sendo realizados em Ouricuri até que a máquina de Raio X – que já está no hospital – seja instalada. Enquanto isso, os pacientes precisam realizar os exames fora da unidade como é o caso de Dona Adalgise Siqueira, 66 anos, que foi à unidade com uma dor abdominal e precisará pagar R$ 150,00 para ter uma ultrasonografia mais rápida – de maneira particular. O mesmo não vai ocorrer com José Ilton da Silva, 46 anos, que deu entrada na unidade na sexta (08) com falta de ar e pernas inchadas e ficará internado até consegui o exame.
De acordo com o diretor da unidade, o aparelho de Raio X chegou faz cerca de um mês e a previsão é que comece a funcionar em dezembro deste ano.