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Documento pede aprovação de projetos de lei

A Carta do médico jovem para o Brasil inclui ainda a defesa da aprovação, pelo Congresso Nacional, da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 454/2009, que cria a carreira de Estado para o médico no SUS, e do projeto de lei que institui como obrigatório o Revalida. A valorização da residência médica também foi defendida por meio de medidas como a equiparação das bolsas pagas pelos programas aos valores pagos pelo Mais Médicos e a oferta de remuneração para os preceptores.0,
O texto enfatiza a necessidade de respeitar e valorizar os médicos “que não medem esforços para atender a população”. Denuncia, ainda, que as condições adversas de trabalho cerceiam a dignidade do profissional e provocam o seu adoecimento físico e emocional. “Sabemos que mais do que uma pauta comum de reivindicações, temos uma luta única. E juntos poderemos buscar uma medicina e uma saúde melhor para o Brasil”, enfatizou o diretor do CFM e coordenador da Comissão de Integração do Médico Jovem, José Hiran Gallo.
Ensino Médico – No manifesto, os médicos jovens exigem também uma avaliação rigorosa das escolas médicas em funcionamento, “com fechamento ou redução de vagas daquelas que não oferecem condições adequadas, levando-se em conta a corresponsabilidade do Estado pela garantia da boa formação do médico brasileiro”. Também defendem a revisão dos critérios da Avaliação Nacional Seriada dos Estudantes de Medicina (Anasem), com o objetivo de fazer com que o sistema formador de médicos seja beneciado pela responsabilização das escolas deficitárias e a “retenção do diploma de graduação dos alunos que não comprovarem a competência necessária”.
“A Anasem, limitada ou restrita ao conhecimento do resultado obtido do próprio aluno e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), sem quaisquer repercussões, tornou-se um processo inefetivo, posto que o egresso avaliado como insuficiente receberá um diploma de médico, em absoluto paradoxo à ética da responsabilidade social”, criticou o presidente do CFM, Carlos Vital.
As reivindicações enumeradas na Carta do médico jovem para o Brasil foram elaboradas e aprovadas ao final do II Fórum Nacional de Integração do Médico Jovem, realizado em Belém (PA), no mês de agosto. “O evento foi magnífico, com grande comparecimento da classe médica paraense e de outros estados brasileiros. Abordamos questões preocupantes, que não deixaram dúvidas sobre a necessidade de uma formação adequada, que dote os profissionais de conhecimentos universais, hoje ausentes dos currículos acadêmicos, habilitando-os ao desenvolvimento profissional e ao exercício da cidadania”, destacou Gallo.