O Cremepe vem a público mostrar sua preocupação com a situação do país e com as dificuldades enfrentadas pelas redes públicas e privadas de Saúde, em decorrência da greve nacional dos caminhoneiros. A falta de combustíveis tem criado empecilhos para o acesso dos profissionais de saúde aos seus postos de trabalho. Lamentamos também o risco de desabastecimento de gêneros alimentícios, farmacêuticos e hospitalares.
Por não haver previsão concreta de normalidade, é plenamente admissível e justificável em momento de agudização de uma crise na saúde a priorização do atendimento de urgências, emergência e serviços essenciais (hemodiálise, quimioterapia, hemoterapia entre outros), com respeito à autonomia do profissional no ato médico.
Em anúncio oficial, mesmo o governo do Estado assegurando que não há prejuízos nas unidades de saúde e com o funcionamento de 100% dos hospitais de alta complexidade, hospitais metropolitanos e Upas, o Cremepe não pode contar com essa garantia.
Portanto, o Conselho em plenária extraordinária, nesta segunda-feira(28.05), diante da continuidade da greve e visando a atenção ao paciente e condições do trabalho para o médico e equipes de saúde, decidiu solicitar a inclusão da entidade no comitê de crise da Secretaria Estadual de Saúde. O objetivo é o de assegurar o acesso, insumos, alimentação e medicações nos serviços especializados de Pernambuco, conforme o exercício ético da Medicina.
A autarquia informa ainda que estará funcionando de forma regular, durante o período de crise, e recebendo todas as demandas relacionadas à situação.
Também espera, por parte das autoridades, uma solução consensuada o mais breve possível para a garantia dos atendimentos nas unidades de Saúde no Estado de Pernambuco.