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Campanha do Câncer de Pele da Sociedade Brasileira de Dermatologia registra mais de 4 mil casos da doença no Brasil

As estatísticas da 21ª Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele mostram que o brasileiro ainda não se protege adequadamente do sol: 63,05% das pessoas se expõem sem qualquer proteção. No total, 22.749 pessoas foram atendidas gratuitamente em 123 serviços de saúde do país, no primeiro sábado de dezembro (7/12), sendo diagnosticados 4.197 casos de câncer da pele. A iniciativa abriu a programação do #DezembroLaranja, mês de prevenção ao câncer da pele, que objetiva difundir informações para o diagnóstico precoce, por meio do cuidado com o corpo, ao observar sinais e pintas suspeitas, além de desconstruir a cultura de que só devemos prestar atenção em outros tipos do?tumor.? 

Durante o atendimento?foram observados?2.744 casos de carcinoma basocelular (CBC),?seguido do carcinoma espinocelular (CEC), com 835,?e do melanoma, com 420 casos, além de 198 outros tumores malignos.?Houve 3.894 agendamentos em serviços de saúde para acompanhamento dos casos detectados.? 

A campanha que leva Informação e atendimento à população, também ilumina de laranja monumentos nacionais, realiza divulgação extensiva, firma parceria com entidades públicas e privadas e engaja personalidades para amplificar o Dezembro Laranja. Com o lema “Um sinal pode ser câncer de pele”, a ação continua ao longo do ano alertando a população sobre as medidas de fotoproteção, bem como a necessidade de se consultar regularmente com um médico dermatologista. 

Segundo Sérgio Palma, presidente da SBD, “é preciso conscientizar as pessoas sobre o câncer da pele a partir da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento adequado com o médico dermatologista. A exemplo das edições anteriores, a SBD mobilizou o país inteiro em prol desse movimento de educação em saúde. O câncer de pele é uma das doenças que mais acometem a população mundial, e seu tratamento é da competência do médico dermatologista”, conclui. 

Câncer não melanoma e melanoma 

O câncer não melanoma mais frequente no Brasil?em ambos os sexos é também o menos grave, mas pode causar deformações. “A exposição excessiva ao sol é a principal causa da doença. Já o melanoma é a forma mais grave. Ocorre mais raramente e pode levar à morte. Ambos têm cura se forem descobertos logo no início, explica Elimar Gomes, Coordenador Nacional da ação. 

Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de pele não melanoma é o mais incidente em homens nas regiões Sul (160,08/100 mil), Sudeste (89,80/100 mil) e Centro-Oeste (69,27/100 mil). Já no Nordeste (53,75/100 mil) e Norte (23,74/100 mil), encontra-se na segunda posição. Entre as mulheres, é o mais comum em todas as regiões do país, com um risco estimado de 97,46/100 mil na região Sul; 95,16/100 mil, na Sudeste; 92,66/100 mil, na Centro-Oeste; 45,59/100 mil na região Nordeste; e 27,71/100 mil na região Norte.? 

 

Quanto ao melanoma, sua letalidade é elevada, entretanto a ocorrência é baixa, considerando todos os órgãos afetados pelo câncer (2.920 casos novos em homens e 3.340 casos novos em mulheres por ano). As maiores taxas estimadas em homens e mulheres são verificadas na região Sul.? 

 

Aplicativo para auxiliar a estatística 

 

Pela primeira vez, a fim de otimizar o processo de compilação de dados de atendimento realizada pelos dermatologistas nos postos de saúde do país, a SBD utilizou um aplicativo, que monitorou em tempo real as principais informações obtidas na campanha, como números dos diferentes tipos de câncer da pele e de atendimentos nos Serviços participantes, entre outros.? 

 

Além de agilizar a coleta de dados e produzir relatórios mais eficientes, a inovação trouxe mais confiabilidade à ação da entidade. Por meio de uma ferramenta moderna e de simples uso, a compilação dos números de atendimento da campanha nacional de câncer da pele foi acelerada, contribuindo na divulgação dos resultados e na participação da Sociedade Brasileira de Dermatologia no desenvolvimento de políticas públicas de saúde voltadas para o enfrentamento da doença. 

 

“O controle do câncer da pele é um desafio para a saúde brasileira, e a Sociedade Brasileira de Dermatologia atuou conjuntamente na construção de estratégias de prevenção da doença que envolvessem não apenas o dia de atendimento à população, mas que também promovessem a disseminação da informação, e especial atenção aos grupos populacionais mais suscetíveis à doença, como?as pessoas de idade mais avançada”, diz Sergio Palma, presidente da SBD.