O vice-presidente do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), Mário Jorge Lobo, e o 1º secretário, André Dubeux, participaram de reunião com a secretária executiva de atenção à saúde no Estado, Cristina Mota, e representantes da Secretaria Estadual de Saúde (SES), nesta quarta-feira (28/04), na sede da pasta, localizada no bairro do Bongi.
Na ocasião, foram discutidas questões referentes às irregularidades apontadas pelo setor de fiscalização da autarquia nas unidades públicas estaduais do interior. Segundo o vice-presidente do Cremepe, no que diz respeito ao Hospital Belarmino Correia, localizado no município de Goiana, e ao Hospital Regional do Agreste, em Caruaru, se faz necessário o provimento de recursos humanos com maior brevidade possível, e adequação no fluxo de atendimento aos pacientes com COVID-19. “A gestão reconhece a deficiência nas escalas da pediatria e na clínica médica, do Hospital Belarmino Correia, e disse que houve investimento na estrutura e no abastecimento de insumos. Eles concordaram também que o fluxo não estava adequado, e se comprometeram a adequar este atendimento – bem como realizar uma seleção simplificada para recompor as escalas tanto no Hospital Belarmino Correia quanto no HRA”, destacou André Dubeux.
O Hospital Universitário da Universidade Federal do Vale do São Francisco, de Petrolina, também teve irregularidades levantadas pelos diretores do Conselho. “Além do déficit na escala, há também a superlotação da emergência e um número reduzido de neurocirurgiões”, pontua Dubeux. Na capital pernambucana, o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) encontra-se, também, com as escalas de neonatologia defasadas. As pautas relacionadas às inadequações do HU-Univasf e do HC-UFPE serão encaminhadas ao Ministério Público Federal.
Vacinação
No que diz respeito às pautas referentes à vacinação em Pernambuco, foi debatido o retorno dos vacinados com comorbidades e das gestantes, em que a SES já acatou ao pleito que solicitava que estas profissionais não retornassem às suas atribuições de forma presencial, mesmo após a vacinação.
Por fim, foi debatida a necessidade da comprovação de doença pré-existente por um profissional de saúde, exigida pela SES, através de um formulário padrão para garantir a vacinação dos pacientes com comorbidades. Segundo o vice-presidente do Cremepe, o protocolo proposto poderá acarretar na demasiada circulação de pacientes dentro dos ambulatórios e serviços de saúde e, assim, trazer maiores riscos de contaminação. “Propomos que fosse criado um comitê que analise a possibilidade de autorização prévia, sem necessidade de laudo específico, levando em consideração os bancos de dados existentes dessas patologias. Dessa forma, poderemos tirar de circulação a maior quantidade de pessoas possível e evitar o risco à saúde dessa população”, finaliza Mário Jorge.