O centenário de nascimento do médico Hélio Mendonça foi lembrado na noite desta sexta (15/09), no auditório do Cremepe, no Espinheiro. A solenidade contou com a presença do presidente do Conselho, André Dubeux, representando o Simepe, Assuero Gomes, Dr. Barreto em nome do memorial da medicina, além dos familiares e amigos de Dr. Hélio.
UM POUCO DA SUA HISTÓRIA…
Hélio Mendonça, Hélio Gomes de Matos Mendonça, Prof. Hélio Mendonça ou Dr. Hélio tenho muito prazer em falar, porque temos muito a dizer, como Pai, Médico, Professor e um grande Homem de vida pública que foi.
Não falarei como meu Pai mas, da sua vida profissional, nasceu em Ouricuri no estado de Pernambuco, em 16/09/1917, já iniciou como professor nos fins da década de 1930 no Ginásio do Recife, após Colégio Padre Felix.
Lá conheceu e conviveu como estudante e após como Professor com grandes valores pernambucanos sobretudo na área intelectual, não vou citar nomes para não me estender, mas basta citar o grande mestre e educador Pe. Felix Paes Barreto.
No percurso de católico romano, aproximou-se de figuras como Luiz Delgado,seu compadre,Rodolfo Aureliano, o bispo D. João Costa seu padrinho e amigo, Luiz Rafael Mayer, Dom Helder Câmara e Dom Penido.
Freqüentou e participou do Circulo Católico e Ação Católica, e como estudante militou no movimento estudantil.
Foi fundador e presidente da Casa do Estudante de Pernambuco.
Ingressou na Faculdade de Medicina do Recife como assistente do Prof. Coelho de Almeida na Cadeira de Histologia e Embriologia Geral na década de 1940. Com a morte trágica do Prof. Coelho de Almeida, de acidente automobilístico, Hélio Mendonça se habilitou e fez concurso em 1952.
Foi aprovado com distinção como Catedrático da Faculdade de Medicina do Recife .
No mesmo ano foi convidado para reger a Cadeira de Histologia e Embriologia Geral, na recém criada Faculdade de Ciência Médicas.
Homenageado em vários anos pela duas Faculdades culminou como Paraninfo em 1960, foi como um apogeu de uma lua de mel com o ensino.
Os laboratórios da Cadeira de Histologia funcionavam todos os dias e as noites, cheios de estudantes curiosos, era o melhor e o mais bem aparelhado laboratório da América Latina. Nesta época o Diretor Prof. Antonio Figueira um dos grandes amigos e colaborador, juntamente com um excelente corpo docente formados por outros Professores como Aluisio Bezerra Coutinho, Nelson Chaves, Naide Teodósio, Raimundo de Barros Coelho,Amaury Coutinho, Salomão Kelner, Fernando Figueira, um grupo ímpar de idealizadores do ensino médico de qualidade naquela época na Faculdade de Medicina.
Foi eleito por seus pares e nomeado Diretor da Faculdade de Medicina entre 1969 a 1972, época do regime de exceção com a ditadura militar.
Promete , no pronunciamento inaugural, seguir as linhas mestras da disciplina e da paciência, esta digamos, não muito afim ao seu temperamento.
Devido algumas possíveis intervenções, de Atos Institucionais de exceção, antes do término do mandato pede exoneração.
Foi coordenador do curso médico da UFPE até 1980.
Professor Hélio Mendonça, era um homem de grandes amizades, plural extremamente querido e hoje fico sempre lisonjeado quando ouço dos seus ex alunos as opiniões mais simpáticas sobre ele.
Paulo Mendonça – Filho.