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Ebooks popularizam a leitura

Preço baixo, praticidade e disponibilidade. Estes são os principais recursos que os leitores buscam ao procurar um livro digital, mais conhecido como ebook. Normalmente, as publicações digitais são cópias dos livros editados em papel, porém, já existem autores que criam suas obras e as registram já em formato digital. Obras de domínio público, como clássicos da literatura brasileira, podem ser facilmente encontradas para download gratuito. A prática já está tão consolidada entre os internautas que até edições faladas, os audiobooks, já são disponibilizadas.

Com apenas três passos – entrar num site, procurar um título e fazer o download – o internauta pode ter à disposição inúmeras publicações de clássicos da literatura brasileira e mundial, sem gastar um centavo por isso. Assim é o processo para se adquirir a maioria dos livros digitais, os ebooks, na internet. Apesar de também encontrar títulos pagos, a maioria do acervo de obras para download é de domínio público (sem direitos autorais) ou de obras escritas especialmente para o formato digital, com distribuição liberada para fins não-comerciais.

“O preço caro dos livros me levou para a internet. Acho que já baixei mais de dez livros em uns dois anos. Prefiro os ebooks por causa do preço e da disponibilidade, pois alguns títulos que quero não encontro nas livrarias e tenho que encomendar. Na internet é mais fácil encontrar e baixar”, explica o estudante de Comunicação Joldes Matos Duarte, 21 anos. O estudante de Direito Tiago Esteves Távora, 20, também considera a gratuidade dos ebooks como um grande atrativo, mesmo tendo lido apenas um livro digital. “Já comprei um livro de papel por R$ 70, mas na internet posso baixar de graça. Se eu tivesse um computador só meu, leria muitos outros, sem problemas”, revela.

Outra vantagem que os “leitores virtuais” atribuem aos ebooks é a facilidade de armazenar os títulos, afinal, o tamanho do arquivo depois de baixado é pequeno. Com isso, os ebooks podem ficar armazenados no disco rígido ou serem gravados em CD. “Várias coisas me levaram a procurar os livros digitais, em especial a praticidade de armazená-los e a facilidade de encontrar os títulos da minha área, que é informática”, conta o diretor de criação, Rodrigo Allan Santos, 23.

Segundo a fundadora da Academia Brasileira Virtual de Letras (AVBL), Maria Inês Simões, a divulgação de livros pela internet “é o ‘futuro’ aqui, hoje”. “Em um ebook, por exemplo, é possível utilizar recursos para despertar a sensibilidade do leitor, como imagens e sons. Recursos, estes, que em um livro de papel seria impossível”, detalha a escritora. Na AVBL, a média de publicação é de um ebook a cada dois dias. De 2004 a 2006, foram publicados 436 livros digitais.

Pirataria atinge livros na web
Obras protegidas são digitalizadas e distribuídas à revelia dos autores

A pirataria de livros na internet é tão crescente quanto a pirataria de músicas. Apesar de existirem inúmeros títulos gratuitos, várias obras são digitalizadas e distribuídos nas redes peer-to-peer, ou P2P (onde usuários compartilham arquivos entre si), à revelia dos autores e sem se pagar os direitos autorais devidos. O principal alvo são os lançamentos ou best-sellers que ainda estão protegidos por direitos autorais e cujo preço é um dos mais altos nas livrarias.

Para os usuários, a alternativa seria o investimento das editoras na divulgação das obras em formato digital, mesmo que estas fossem pagas. “Se a obra não está em domínio público (sem direitos autorais), é um desrespeito à família e ao próprio autor se colocar em um site o conteúdo desta obra sem cobrar por ele. Além de ser um desrespeito à lei”, afirma a coordenadora pedagógica da Biblioteca Virtual do Estudante de Língua Portuguesa (BibVirt), da Escola do Futuro, da Universidade de São Paulo (USP), Isabel Pereira dos Santos.

“Assim como fora da internet existe a pirataria de textos, na internet existe também, mas se formos comparar acredito que na internet a pirataria ainda é em menor número. Registrar as obras, com certeza inibirá o ‘pirata’”, acredita a escritora e fundadora da Academia Virtual Brasileira de Letras (AVBL), Maria Inês Simões. O registro que a escritora menciona é o registro para obras digitais, que pode ser feito nos formatos executáveis (.exe) ou em HTML. A AVBL conta com 493 membros que disponibilizam suas obras gratuitamente no site da entidade.

Com o registro, as obras podem ser disponibilizadas na web. Caso o escritor deseje liberar o conteúdo, pode disponibilizá-las em licença Creative Commons (liberada para download com fins não-comerciais) ou cobrar pelo download. Como o custo do registro é reduzido e não há gastos com impressão, o valor de cada download é bem barato. Em média, a diferença do preço de uma obra em papel para sua versão como ebook chega a 50%.

Serviço
www.avbl.com.br
www.bn.br

Obras faladas para os deficientes visuais

Ampliando o leque de possibilidades e de leitores dos livros digitais, algumas bibliotecas virtuais estão disponibilizando versões faladas dos ebooks, que foram batizadas de audiobooks. A grande vantagem destas edições é a garantia do acesso dos portadores de deficiência visual à literatura digital. A BibVirt, por exemplo, tem aproximadamente 100 obras faladas, feitas em parceria com a Fundação Dorina Nowill para cegos.

“A fundação envia para nós as obras em formato digital, que são levadas aos estúdios para serem digitalizadas de forma a arquivá-las em um servidor especial para serem ouvidas posteriormente”, explica a coordenadora pedagógica da BibVirt, Isabel Pereira dos Santos. Este servidor streaming é necessário porque, em alguns casos, as obras faladas não podem ser copiadas, então, o usuário escuta capítulo por capítulo direto no computador, através de um programa de reprodução de arquivos de áudio.

“Cada obra falada tem a especificação de qual foi a instituição que forneceu o original. As obras, como as da fundação Shalom, por exemplo, podem ser copiadas. Nossos livros falados são destinados para o uso dos deficientes visuais porque temos a preocupação com a responsabilidade social”, explica Isabel Santos. Além disso, como a finalidade da BibVirt é educacional, a maioria de conteúdo disponível em sua página é para o uso educacional.

Serviço
http://www.bibvirt.futuro.usp.brs

Programas melhoram a leitura no computador

Os ebooks são feitos em vários formatos, desde HTML até DOC e TXT, porém, o mais comum, pelo menos no Brasil, são os PDF. A leitura é feita na própria tela do computador, por meio de programas como o Acrobat Reader, que pode ser adquirido gratuitamente. “Leio os livros no leitor de PDF normal. Todo o pessoal da minha área usa muito os ebooks. Não vejo muita dificuldade em ler no computador porque passo muito tempo na máquina, já que trabalho com internet”, conta o diretor de criação, Rodrigo Allan Santos, 23 anos.

Apesar dos adeptos da leitura dos livros digitais não reclamarem, muitos ainda não aderiram à leitura digital porque não gostam de ler no computador. Mas, para eles, existem diversas alternativas. Além de poder ler os ebooks em Pockets PC ou outros dispositivos móveis, existem alguns programas, pagos ou gratuitos, que tentam tornar a leitura mais leve.

São programas como o yBook (leia mais na página 4), o eBooksReader ou o uBook, que permitem a leitura na tela com uma cor de fundo diferente, no formato de duas páginas e com a possibilidade de mudança na cor e tamanho da fonte. Outra possibilidade é a de realizar buscas no texto do ebook ou até de fazer anotações na publicação digital. Estes programas podem ser encontrados em sites de download gratuito.

Serviço
www.adobe.com.br
www.superdownloads.com.br

http://terrabrasil.softonic.com/

Da Assessoria de Comunicação do Cremepe.
Texto: CYNTHIA MORATO, da Folha de Pernambuco.