O Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) faz um importante alerta sobre uma nova “brincadeira” que tem gerado grande preocupação em diversas comunidades: as armas de gel, também conhecidas como “gel blasters”. Com formato semelhante ao de armas de fogo, esses dispositivos disparam balas feitas de polímero superabsorvente, o que tem levado a um aumento alarmante de acidentes, especialmente entre crianças e adolescentes.
As armas de gel atraem a atenção dos jovens tanto pela sua estética quanto pela possibilidade de simular um combate. No entanto, a falta de conscientização sobre os riscos envolvidos têm resultado em situações perigosas. É fundamental destacar que esse tipo de brincadeira não é inofensiva: o impacto dos disparos a curta distância ou em áreas sensíveis, como os olhos, pode causar ferimentos graves.
De acordo com o Inmetro, esse dispositivo não deve ser utilizado por crianças e não deve ser classificado como brinquedo. Segundo a regulamentação, brinquedo é o produto destinado a crianças menores de 14 anos e voltado para fins de recreação. Embora a comercialização das armas de gel não seja proibida, as autoridades não se responsabilizam pela fabricação e distribuição desses produtos, o que implica na impossibilidade de garantir a segurança e a qualidade do item.
Conforme matéria publicada no Diário de Pernambuco, até o dia 03 de dezembro a Fundação Altino Ventura (FAV) atendeu 17 pacientes com queixas de dor ocular em apenas 4 dias, após terem tido algum tipo de contato com as balas de gel. Os profissionais relataram que as vítimas apresentaram desde lesões leves até danos graves, com risco de comprometimento da saúde ocular.